PAPEL DAS UNIVERSIDADES E COTAS RACIAIS

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Num mundo ideal todos possuem a mesma inteligência, vontade de aprender, força de vontade para estudar, mesmas ambições, pouca preguiça, aptidões para esportes etc, independente da raça, cultura, idade, religião. Mas nem é necessário explorar esse assunto, até intuitivamente sabemos que no mundo real não funciona assim! Ainda bem, o mundo seria chato e repetitivo de outra forma.
Cada indivíduo busca seus prazeres da maneira que melhor convêm e depende de infinitos fatores. Intuitivamente podemos imaginar que depende sua genética, educação, oportunidades, acessibilidade, disposição, interesse, poder aquisitivo etc…
Num mundo ideal TODOS deveriam ter sua vaga garantida numa excelente Universidade e poder se formar nos cursos que quiser. Mas voltando para o mundo que vivemos, aqui já temos um problema, cada ser tem um nível de aprendizado diferente, e é provável que essa massa heterogênea acabaria por nivelando o ensino por baixo. Um professor não pode ensinar calculo se um aluno não sabe aritmética básica, ou uma Universidade não pode insistir em formar um médico a um aluno que odeia e recusa-se aprender biologia!
No planeta todo existem Universidades gratuitas que são exemplos de instituição de ensino e são concorridas pelos melhores estudantes possuidores de QI elevadíssimos. Mas que todos estudantes, incluindo péssimos alunos, alunos com dificuldade de aprendizado, alunos médios gostariam de se matricular. Mas então quem tem direito a esse melhor ensino?
O papel de uma Universidade é a geração de conhecimento através do estudo e pesquisa. Exemplos: novos medicamentos, alimentos transgênicos, vacinas, terapias, e em campos não tão óbvios como aumento populacional, mercados de comércio, arquitetura etc… Esse conhecimento gerado não é para o aluno conseguir um bom emprego e melhorar sua qualidade de vida e de sua família. Esse conhecimento gerado pelas Universidades é para ser compartilhado para o universo e para que todos ( incluindo animais, florestas, todo meio ambiente ) tenham uma qualidade de vida melhor.
Portanto, quem tem que ter direito a esse ensino gratuito e de qualidade tem que ser os melhores: os que são os mais inteligentes, os que possuem maior vontade de aprender, os que tem mais vontade de pesquisar, os que tem mais conhecimentos de ensinos anteriores, os que tem as melhores opiniões. Esses melhores não podem ser escolhidos por raça, sexo, etnia, religião, cultura pois isso não faz ninguém melhor.

E como escolher justamente? Criando-se uma metodologia que filtre esses estudantes, mas jamais pela cor de sua pele.

Entendo que a partir do instante que começa-se a distribuir vagas por raça estamos praticando racismo contra os demais.

Agradeço ao amigo Marco Antônio Breviglieri por me ajudar a formular essa idéia.

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