Viajar de avião, mal insubstituível. As longas distancias, o tédio, a pressurização da cabine, o ar seco, o medo, o desconforto devido ao pouco espaço, tornam a viajem uma tortura. As cias aéreas tentam minimizar o sofrimento com lanchinhos que ultimamente são pagos em cias que oferecem passagens mais baratas ou com venda de produtos sem impostos em vôos internacionais. Também oferecem entretenimento com filmes, programas ou jogos eletrônicos. Algumas cobram para o uso de fones de ouvido, que parece um absurdo, mas elas estão lá para transportar pessoas e dar lucros e não por caridade ao próximo. Outras cobram por poltronas com um pouco mais de espaço e outras tarifam mais os obesos criando um problema ético. Após alguns minutos dentro de uma dessas fabulosas maquinas de dezenas de toneladas que nos levam ao outro lado do mundo em poucas horas percebemos como seria bom ter alguns centímetros a mais para reclinar a poltrona e esticar as pernas num sono forçado.
Passageiros frequentes percebem que dificilmente todas as poltronas da classe executiva ou primeira classe estão ocupadas, mas estão lá e vão para o destino sem um afortunado que receberia um serviço melhor, e observando isso brotou essa infeliz ideia! Não sou dono nem trabalho para nenhuma cia aérea, mas se fosse inventaria o sistema descrito abaixo que aumentaria o preenchimento dos assentos, principalmente da classe executiva e primeira classe e consequentemente aumentaria o lucro indispensável para qualquer empresa do universo. O sistema seria:
– por ordem de compra, os passageiros da classe econômica receberiam um e-mail horas antes do voo oferecendo upgrade para classe executiva por um valor, e os que compram da executiva oferecendo um upgrade para primeira classe que deve ser respondido em até, exemplo 24 horas. Caso não seja sucesso de vendas, seriam disparado outros e-mails para outros passageiros até que todos recebessem a oferta;
– se o interesse fosse pequeno, nova rodada de e-mails seriam disparados com ofertas mais atraentes, como um leilão ao contrário, até que, certamente, alguns passageiros fariam o upgrade, e esses assentos liberados na classe econômica, poderiam também ser disponibilizados com preços mais acessíveis;
– se mesmo assim sobrassem assentos disponíveis, eles poderiam ser oferecidos no check-in, ou até mesmo dentro do voo após a decolagem com preços ainda menores. Talvez o pessoal do check-in e comissários de bordo deveriam ser comissionados para se interessarem por oferecer essa transação. Se houvesse interesse maior que a oferta, o desempate pode ser feito levando em consideração ou o preço que o passageiro pagou pelo seu ticket ou quem comprou primeiro.
Exemplo: um voo para os USA custa em torno de U$ 1.000,00 e de classe executiva US$ 2.500,00 que afasta muitos consumidores. Imagine que uns dias antes de viajar a cia oferece upgrade por US$ 300,00 ( o assento está lá e se ninguém comprar vai viajar vazio ), fatalmente alguns passageiros pelo menos avaliaria a compra, e se fechasse o pedido, a cia poderia vender o antigo assento numa super oferta relâmpago, exemplo por US$ 600,00. Com isso ao invés de faturar apenas US$ 1.000,00, ela faturaria US$ 1.900,00 e ganharia dois clientes muito satisfeitos que indicariam o serviço para outros!